segunda-feira, 11 de junho de 2012

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Marcellino (2003), estudando, Huizinga, P. Aires, Marcellino, Mills e outros, não ver consenso entre eles, quanto ao significado do elemento lúdico da cultura nas sociedades urbanas, o que provoca polêmica entre os estudiosos do tema. A base dessa polêmica, segundo seu entendimento, parece estar na valorização unilateral das diversas esferas de atuação humana.
O autor ainda,  não concorda com a visão isolada, quer do trabalho, quer do lazer, tendo em vista suas relações interdependentes, questiona também a possível instauração de uma civilização do lazer, pois acha ser, um exercício futurista e prefere o “aqui e agora”.
Historicamente, a vivência do elemento lúdico da cultura, no lazer, de ser tão antiga quanto à instauração da obrigação entendida como compromisso, seja no profissional, social ou familiar, nas sociedades, humanas. Destaca a manifestação do lúdico nesse universo do poder, ter direito à um tempo para si mesmo, lícito e que se contrapõe e complementa o terreno das “obrigações”.
Assim, observa-se que as crianças precisam se tornar aptas a optarem pelas suas perspectivas de vida. Desta forma,  a vivência do lúdico, deve ser entendida como valorização da cultura da criança, que implica numa proposta de esperança/preparação para um horizonte próximo, que anuncia novos horizontes.
Após a análise do tema apresentando enfatiza-se que o jogo não é uma característica predominante da infância, mas sim um fator básico no desenvolvimento. O vínculo que se estabelece entre o jogo e o desenvolvimento é defendido por Vygotsky como fator fundamental que deve ser levado em consideração, já que é no curso do jogo que a ação se subordina ao significado e, portanto, tudo que interessa à criança e a realidade do jogo em si, porque na vida real a ação domina o significado.
Assim, conclui-se que o papel do pedagogo e do professor é de fundamental importância para a difusão e aplicação de recursos lúdicos. O professor ao se conscientizar das vantagens do lúdico, adequará a determinadas situações de ensino, utilizando-as de acordo com suas necessidades. O educador deve está em constantes ações educativas para uma maior eficácia na prática pedagógica.
A pesquisa possibilitou-nos verificar a distância que existe entre o discurso e a prática concreta em sala de aula. Os respondentes admitiram uma mudança de atitude concreta após terem tido o conhecimento teórico no processo de formação. Vale ressaltar que, se não houver uma continuidade nos estudos, não haverá uma contínua construção do conhecimento.
Essa pesquisa foi de uma representatividade excepcional, não só pelo grande crescimento proporcionado, mas também como quebra de paradigmas, pois, ensinar e aprender podem estar de mãos dadas com o prazer e a satisfação intelectual.
Portanto, se a capacidade simbólica faz parte do aparelho biológico do homem, o jogo é de origem sócio cultural e este ocorre quando a ação está subordinada ao significado. Preparar-se para atuar sobre o simbolismo é o desafio de todos aqueles que atuam sobre o âmbito lúdico, já que a representação de papéis enriquece e alavanca os processos de desenvolvimento e de aprendizagem humana.

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